Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) decidem hoje, às 15h, em assembleia na sede do Sinsprev-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo), se a categoria prorroga a greve, que nesta sexta-feira (31/7) completa 24 dias.
Além da reivindicação de reajuste salarial de 27,3%, que os grevistas alegam ser reposição das perdas salariais desde 2010, a categoria pede a ampliação do quadro de funcionários por concurso público, a incorporação das gratificações ao salário e a melhoria das condições de trabalho.
De acordo com o diretor do sindicato, Tiago Alves, a proposta da Previdência, com 21% de reajuste, divididos ao longo de quatro anos, foi rejeitada pelos servidores.
Ontem, representantes do governo federal e da Fenasps (Federação Nacional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), promoveram uma reunião no Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, em Brasília, que não havia terminado até o fechamento desta edição.
“Vamos analisar o que foi apresentado (na reunião) para decidir se a greve continua ou não”, afirmou o diretor do sindicato.
Um balanço divulgado na última quarta-feira, pelo INSS, apontou que das 264 agências do estado de São Paulo, 133 funcionavam parcialmente e 40 estavam completamente paradas. Em todo o país, o instituto calcula que 51,6% das agências (828) têm funcionamento parcial e 17,5% (281) estão fechadas.
O INSS informou, por meio de nota, que mesmo com a paralisação, o instituto “tem empreendido todos os esforços no sentido de orientar as unidades e a Central de Teleatendimento 135 no que se refere às providências de reagendamento para os segurados que não estão sendo atendidos devido ao movimento de paralisação dos servidores.”
O instituto informou, ainda, que ”mantém as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos”.
Em greve desde o dia 7 de julho, a expectativa da categoria é a de que o governo atenda as reivindicações salariais e traga propostas formais para serem debatidas. “Reconhecemos que houve abertura nas negociações, mas o governo ainda não apresentou nenhuma proposta concreta”, informou Alves, segundo a Agência Brasil.
A assembleia de hoje à tarde ocorre na Rua Antônio de Godoy, nº 88, Próximo ao Metrô São Bento, na região central da capital.
Fonte: Diário de S.Paulo