Ao menos 32 cidades pelo Brasil devem receber, nesta quinta-feira (20/8), manifestações convocadas por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff.

Apesar de defenderem a permanência da presidente, os organizadores alegam que a mobilização criticará medidas tomadas pelo governo federal. Os principais alvos serão o ajuste fiscal promovido pelo ministro Joaquim Levy e a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB do Senado.

O manifesto do ato, divulgado na semana passada por organizações como CUT (Central Única dos Trabalhadores), UNE (União Nacional dos Estudantes) e MTST, ainda defende a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e cita pautas tradicionais da esquerda, como as reformas tributária e agrária.

Segundo a presidente da UNE Carina Vitral, o principal objetivo da manifestação será criar "um contraponto à pauta conservadora" dos protestos do último domingo. No entando, os atos não visam ser uma celebração da presidente.

O PT também convocou sua militância para ir às ruas nesta quinta e "defender a democracia".

Pelo País

Em São Paulo, a organização espera que cerca de 50 mil pessoas compareçam ao Largo da Batata, de onde marcharão até o Masp. Não há estimativas para outras cidades.

BELÉM (PA) - O movimento que realiza o ato contra o impeachment na capital paraense se chama Outra Cidade é Possível. Reúne 25 entidades, incluindo cinco partidos: PT, PC do B, PSOL, PCB e PCR.

RIBEIRÃO PRETO (SP) - Integrantes do MST fazem marcha até a sede da Prefeitura de Ribeirão, no centro da cidade. Eles defendem o governo Dilma, mas vão pedir à prefeita Dárcy Vera (PSD) --aliada da presidente-- melhorias no assentamento em Ribeirão.

MACEIÓ (AL) - Militantes da CUT e do grupo de sem-terra MVT (Movimento Via do Trabalho) chegam à praça Sinimbu, no centro da capital alagoana. Eles planejam sair às 10h30 para uma caminhada rumo ao palácio do governo, também no centro. Ainda não há PM no local.

FORTALEZA (CE) - Ato que começaria às 8h, na praça da Bandeira, foi adiado, e deve acontecer apenas à tarde.

Fonte: informações da Folha de S.Paulo