Paulista vira até praia, mas Haddad terá de negociar próximos bloqueios :: 24/08/2015 (12:57:43)
A avenida Paulista, na região central de SP, teve neste domingo (23/8) um segundo, e talvez último, teste de fechamento para veículos e de uso exclusivo para ciclistas e pedestres como via de lazer.

A avenida Paulista, na região central de SP, teve neste domingo (23/8) um segundo, e talvez último, teste de fechamento para veículos e de uso exclusivo para ciclistas e pedestres como via de lazer.

Para que a iniciativa se torne permanente, o prefeito Fernando Haddad (PT) terá agora de negociar com o Ministério Público e com a associação que reúne moradores, comerciantes e empresários da região da avenida.

As negociações começam já nesta semana, em paralelo a um novo estudo de impacto do trânsito feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) da cidade.

A resistência dos promotores está no papel. Segundo eles, um acordo com a prefeitura, de 2007, limita a três por ano o número de eventos de duração prolongada e com interrupção da avenida. Neste ano, seriam eles a Parada Gay, a inauguração da ciclovia, evento realizado em junho, e a festa de Réveillon.

De acordo com o prefeito, o fechamento da via todos os domingos ou uma vez por mês, como chegou a cogitar, não se encaixa nesse acordo com o Ministério Público.

"O que nós estamos propondo é a discussão de política pública. E isso obviamente vamos fazer em parceria com o Ministério Público, que deve ter abertura para a discussão desse tipo de mudança", afirmou o prefeito, que passeou de bicicleta ao lado de sua mulher, Ana Estela.

Mirante Nove de Julho

Neste domingo, para não descumprir oficialmente esse acordo com os promotores, que recomendaram que a via ficasse aberta para carros o dia inteiro, a prefeitura só fechou a Paulista às 11h, alegando questão de segurança pela aglomeração de pessoas.

"Só demorou um pouco [para fechar aos carros], mas já estava programada", disse um agente de trânsito.

Outra resistência vem da Associação Paulista Viva, espécie de porta-voz de moradores e comerciantes. Segundo ela, além de ser uma ação de "marketing" da prefeitura, o fechamento traz prejuízo a jornaleiros, taxistas, hotéis e estacionamentos.

Fonte: informações do UOL