Motorista é multado na Marginal Tietê aos 17 minutos do início do novo limite :: 26/08/2015 (15:00:13)
À 0h17 de 20 de julho deste ano, primeiro dia de redução do limite de velocidade na Marginal Tietê, o controlador de voo Roberto Eduardo Cândido da Cruz, de 36 anos, foi multado enquanto dirigia na pista local. Ele estava a 58 km/h e conduzia um Audi. Como há tolerância de 7 km/h, o motorista ficou com a velocidade considerada de 51 km/h, ou seja, ultrapassou em apenas 1 km/h o limite total. Cruz levou multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira.

À 0h17 de 20 de julho deste ano, primeiro dia de redução do limite de velocidade na Marginal Tietê, o controlador de voo Roberto Eduardo Cândido da Cruz, de 36 anos, foi multado enquanto dirigia na pista local. Ele estava a 58 km/h e conduzia um Audi. Como há tolerância de 7 km/h, o motorista ficou com a velocidade considerada de 51 km/h, ou seja, ultrapassou em apenas 1 km/h o limite total. Cruz levou multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira.

A ocorrência aconteceu aos 17 minutos do início do novo limite de velocidade nas marginais. A CET confirmou a multa e não sabe informar qual foi a primeira depois da mudança. Às 0h daquela segunda-feira, a velocidade máxima permitida caiu de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas, de 70 km/h para 60 km/h nas centrais; e de 60 km/h para 50 km/h nas pistas locais. No caso de ônibus e caminhões, a velocidade limite nas pistas expressas passou a ser de 60 km/h.

Segundo a Portaria 115/1998, publicada pelo Inmetro, a medição dos radares da CET em serviço tem uma margem de erro adminissível de cerca de 7 km/h para velocidades de até 100 km/h e 7% para velocidades acima de 100 km/h.

Segundo Roberto, ele estava retornando de uma festa em Santana, na Zona Norte. “Você está acostumado a andar a 70 km/h em uma via. Aí, sem um tempo para adaptação, eles diminuem a velocidade. Acho que eles [Prefeitura] fazem isso para conseguir mais multas”, disse. O motorista afirmou que não irá recorrer da autuação.

Essas mudanças, aliadas à má qualidade dos nossos motoristas, só estão aumentando o estresse nas estradas. Isso vai prejudicar a cidade ao longo dos anos”.

Para ele, que é um dos primeiros motoristas a serem multados na Marginal, “ali é uma avenida, porém é uma avenida expressa. É revoltante. Não se pode comparar uma via normal com alto volume de tráfego. Ali não tem sinal, não tem volume de pedestre. É uma via para facilitar e agilizar o trajeto”, completou.

O controlador de voo contou que também havia recebido uma multa antes da redução de velocidade, quando o limite ainda era 70 km/h. “Era um radar móvel, mas, antes disso, fazia uns dez anos que eu não era multado”.

Questionado sobre a redução das estatísticas de acidentes em 30%, Roberto disse acreditar que os números foram “manipulados” e que não viu “os registros de hospitais e da polícia, já que esses números são CET, que também é da Prefeitura”.

“Essas mudanças, aliadas à má qualidade dos nossos motoristas, só estão aumentando o estresse nas estradas. Isso vai prejudicar a cidade ao longo dos anos”, explicou Roberto.

Marginais

Desde a implantação da redução no dia 20 de julho, o número de acidentes caiu cerca de 30% nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros. O dado é da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e compara acidentes ocorridos no mesmo período do ano passado.

O balanço do primeiro mês de redução do limite máximo de velocidade traz a informação de que a lentidão caiu entre a tarde e a noite nas marginais. A Prefeitura ainda não divulgou o número de mortes, mas já antecipou que as multas aumentaram.

 

A companhia reduziu os limites alegando benefícios na redução de acidentes e mortes. No ano passado, 73 pessoas morreram em acidentes nessas vias.

A velocidade máxima permitida caiu de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas, de 70 km/h para 60 km/h nas centrais; e de 60 km/h para 50 km/h nas pistas locais. No caso de ônibus e caminhões, a velocidade limite nas pistas expressas é de 60 km/h.

Fonte: G1