Após surto de bactéria, alunos voltam às aulas em escola no ABC :: 01/09/2015 (13:45:28)
O Colégio Jatobá, em Santo André, reabriu as portas aos alunos às 7h30 desta terça-feira (1º/9), após ficar 11 dias fechado. As aulas na unidade foram interrompidas depois que 56 crianças passaram mal e foram internadas em hospitais do ABC e de São Paulo. A Vigilância Sanitária da cidade encontrou a bactéria Shigella sonnei em exames de quatro alunos e um funcionário.

O Colégio Jatobá, em Santo André, reabriu as portas aos alunos às 7h30 desta terça-feira (1º/9), após ficar 11 dias fechado. As aulas na unidade foram interrompidas depois que 56 crianças passaram mal e foram internadas em hospitais do ABC e de São Paulo. A Vigilância Sanitária da cidade encontrou a bactéria Shigella sonnei em exames de quatro alunos e um funcionário.

A cozinha da escola segue interditada e passa por reforma para adequações sanitárias, de acordo com a advogada Ana Paula Carneiro da Costa. O berçário foi liberado.

Os primeiros alunos começaram a chegar às 6h20, trazidos pelos pais. As três portas da escola foram decoradas com balões brancos e as crianças foram recebidas com fortes abraços. Às 6h40, dois funcionários penduraram duas faixas com mensagens de apoio à instituição.

"Fica a lição do apoio dos pais e alunos. Ainda não entendemos o que aconteceu. Isolamos toda a cozinha do restante da escola, que será transformada em cozinha industrial. A refeição de 160 crianças do período integral e semi-integral será feita em um refeitório e por um tempo ainda indeterminado", disse a advogada.

Ela informou que o médico infectologista contratado pela escola ainda não detectou a causa do problema. "Ele visitou alguns alunos que estiveram na UTI e analisou o prontuário médico de algumas crianças", afirmou Ana Paula.

"A gente fica assustado com a repercussão, meu filho entrou aqui no ano passado, sempre foi bem acolhido. O caráter da direção da escola foi levado em conta para voltarmos aqui. A escola levou um susto e nós participamos de tudo", Odair Ramos da Silva, pai de um aluno.

A proprietária da escola, Maria Cecília Murzynowski, disse ao portal de notícias da Globo, G1, que todas as medidas foram adotadas assim que os primeiros casos foram notificados pelos pais. "O perfil da escola sempre foi o de muito zelo e cuidado com a segurança das crianças. Fica o aprendizado de que precisamos estar todos juntos. Daqui pra frente vamos ter uma meta ainda maior com as crianças."

"Estamos muito felizes. Ela gosta muito da escola. Minha filha teve vômitos antes do ocorrido, mas não teve relação com o caso, segundo os médicos. Sempre fomos transparentes com ela. Estamos aliviados, pois sabemos da índole dos funcionários da escola", Adriano de Souza, pai de uma aluna de 5 anos.

"Foi tranquilo. Sempre confiamos na escola, queremos saber ainda o que aconteceu. Os nossos filhos não foram internados, mas todos sofremos", Ronaldo Dantas, pai de dois filhos de 4 e 6 anos.

"A gente quer saber o que provocou tudo isso. Damos apoio à escola porque confiamos nela, somos todos uma família aqui", a mãe Fabiana Dantas.

Sobre possíveis baixas de matrículas, Cecília disse que ainda não recebeu informações a respeito. A advogada da instituição, no entanto, disse já ter a sinalização de pelo menos quatro pais que não devem trazer os filhos novamente para estudar na unidade. "Agradecemos o apoio que recebemos de outras instituições de ensino da região, que entendem e conhecem nossa história", disse Cecília.

Fonte: G1