Dilma fará apelo a políticos pela aprovação pacote de cortes e impostos :: 15/09/2015 (13:11:35)
A presidente Dilma Rousseff se reunirá na manhã desta terça (15/9) no Planalto com líderes das bancadas aliadas na Câmara e no Senado para fazer um apelo pela aprovação do pacote de corte de gastos e aumento de tributos, em grande parte dependente do aval do Congresso.

A presidente Dilma Rousseff se reunirá na manhã desta terça (15/9) no Planalto com líderes das bancadas aliadas na Câmara e no Senado para fazer um apelo pela aprovação do pacote de corte de gastos e aumento de tributos, em grande parte dependente do aval do Congresso.

As medidas foram alvo de críticas de aliados, da oposição e de representantes de movimentos sociais.

Proposta de Orçamento para 2016, em R$ trilhões - Cortes de gastos e aumento de impostos projeta R$ 34,4 bilhões de superávit.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ser "pouco provável" que haja consenso no Congresso para a aprovação de um imposto como a CPMF.

"O governo está com uma base muito frágil aqui. Além de uma base frágil, o tema por si só já é polêmico. Se perdeu a CPMF numa época em que estava muito forte, não é agora que vai conseguir passar".

Cunha recebeu, antes do anúncio do corte, uma ligação da presidente. Ele disse ter relatado a Dilma as dificuldades de aprovação de algumas das propostas. Apesar de ter rompido formalmente com o governo em julho, Cunha disse que não vai obstruir a tramitação de um eventual projeto de aumento de impostos.

Ele se posicionou de forma crítica também ao formato de algumas mudanças. "75% dos cortes são dependentes de terceiros. São pseudo cortes. Não vejo um corte efetivo".

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adotou tom menos crítico e disse que "é melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada". Para ele, o anúncio desta segunda mostra que o governo quer "vencer o imobilismo". "O governo está recuperando sua capacidade de iniciativa. Isso é muito bom".

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os cortes e aumento de impostos são consequências da "irresponsabilidade do governo". Ele classificou a recriação da CPMF como "inaceitável".

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), saiu em defesa das propostas. "Zero vírgula vinte por cento é tão pouco, por que não damos essa contribuição? Temos um longo e tenebroso caminho pela frente, mas estou absolutamente confiante."

Instituída pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a CPMF foi extinta em 2007. Para que volte a vigorar, é necessário que seja apoiada por pelo menos 60% dos deputados e senadores.

Fonte: informações da Folha de S.Paulo