A presidente Dilma Rousseff escolheu "somos todos Brasil" como lema de seu governo para as campanhas publicitárias referentes aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no ano que vem.
A escolha do slogan coincide com a severa crise política e econômica enfrentada pelo governo desde a deflagração da Operação Lava Jato.
A adoção dessa rubrica não se restringirá aos órgãos da administração direta, mas se estenderá também às empresas e autarquias, como a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
A presidente aprovou o slogan depois de uma série de reuniões organizadas pela Secretaria de Comunicação.
Há dois meses, o ministro Edinho Silva, titular da pasta, reuniu representantes das agências responsáveis pela publicidade do governo federal e dos Ministérios do Turismo e do Esporte.
Segundo participantes da reunião ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo, os publicitários foram encarregados de preparar um conceito de comunicação para os Jogos Olímpicos do Rio.
Ainda segundo participantes do encontro, a orientação do governo foi de que as campanhas exaltassem a capacidade de superação e de vencer adversidades do povo brasileiro. Procurado, Edinho Silva não se manifestou sobre o conceito da campanha.
A primeira proposta, apresentada por um ministério, enaltecia "suor e ouro". A ideia foi rejeitada. Um dos argumentos para não adotá-la foi o de que o Brasil não tem tradição olímpica a ponto de vangloriar-se com uma campanha que faça referência à mais cobiçada das medalhas.
Até o momento, nenhuma peça publicitária foi produzida. O custo da campanha vai depender da dotação de cada ministério para a publicidade da Olimpíada.
O orçamento do governo federal para a organização dos Jogos Olímpicos do Rio é de R$ 5,3 bilhões, sendo que apenas R$ 1,7 bilhão foi liberado até agora.
Fonte: Folha de S.Paulo