O ministro da Saúde da Arábia Saudita disse nesta sexta (25/9) que o tumulto que resultou em ao menos 719 mortes na peregrinação a Meca pode ter sido causado por peregrinos que não seguiram instruções das autoridades que orientavam o maior encontro anual de pessoas.
Em comunicado postado no site do ministério, Khalid Al-Falih disse que uma investigação seria conduzida rapidamente sobre o pior desastre durante a peregrinação em 25 anos. Pelo menos outras 863 pessoas ficaram feridas.
A peregrinação, conhecida como Hajj, é um dos pilares do islã e deve ser empreendida por todo muçulmano ao menos uma vez na vida, desde que tenha meios financeiros para tal.
"As investigações sobre o acidente que aconteceu em Mina, que talvez tenha acontecido porque alguns peregrinos não seguiram as instruções das autoridades relevantes, serão rápidas e serão anunciadas assim como em outros acidentes", disse o ministro.
O rei Salman da Arábia Saudita disse que ordenou uma revisão dos planos do Hajj após o desastre, ocorrido depois que dois grandes grupos de peregrinos chegaram juntos em um cruzamento em Mina, a poucos quilômetros de Meca, enquanto seguiam para praticar o ritual conhecido como apedrejamento do demônio em Jamarat.
Falih afirmou ainda que os feridos estavam sendo transferidos para hospitais em Meca e, caso necessário, em outras partes do país.
O Irã condenou a Arábia Saudita pelo desastre, que matou 131 de seus cidadãos. Políticos em Teerã sugeriram que Riad é incapaz de coordenar o evento, o qual configura o maior deslocamento anual de pessoas do mundo.
Hajj
Estrangeiros da Turquia, Egito, Índia e Paquistão também estão entre os mortos.
Nesta sexta (25/9), os rituais do Hajj foram retomados pelos peregrinos.
Fonte: Folha de S.Paulo