Funcionários da empresa Ecoporto, que realiza operações no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, realizam um protesto na porta da empresa na manhã desta quinta-feira (1º/10). De acordo com o sindicato, 100 pessoas participam do ato.
Os trabalhadores vinculados ao Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Settaport) realizaram uma assembleia nesta quarta-feira (31/9), onde ficou decidido por unanimidade o início de uma greve a partir da 0h desta quinta-feira.
Pela manhã, os manifestantes queimaram pneus e chegaram a fechar a entrada para o Porto de Santos, mas depois de conversas com a Guarda Portuária, o trânsito de veículos no local foi liberado. Mesmo após a liberação, há congestionamento na região da avenida Permitral até a entrada da avenida Augusto Barata, conhecido como "Retão da Alemoa".
De acordo com o sindicato, o motivo da greve são as demissões em massa promovidas pela empresa. Desde janeiro, foram 200 demissões e, na última semana, cerca de 70 homologações foram realizadas, segundo números do Settaport, que também informou que muitas das demissões foram informadas por meio de telegrama.
A paralisação do Settaport é por tempo indeterminado. Os cerca de 800 trabalhadores do Ecoporto vinculados ao sindicato aguardam uma negociação com a empresa para solução do imbróglio.
Ecoporto
O Ecoporto faz parte da empresa Grupo EcoRodovias e é um grande complexo portuário do país, que fica na margem direita do Porto de Santos. O local oferece serviços de logística, operação portuária, manuseio e armazenagem alfandegada de cargas de importação e exportação sob controle aduaneiro, transporte e redex (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação) para outras empresas.
Segundo o site da empresa, há 1.800 trabalhadores diretos e mais de 4.000 colaboradores indiretos. A paralisação das atividades dos funcionários da empresa pode afetar na operação portuária de outros terminais que são clientes do Ecoporto. Ainda de acordo com o Ecoporto Santos, a empresa representa 16% da participação no mercado de movimentação de contêineres do complexo portuário santista.
Fonte: G1