Taxistas de São Paulo prometem parar a Capital contra UBER :: 05/11/2015 (11:49:23)
Os taxistas de São Paulo decidiram, nesta quarta (4/11), durante assembleia na Capital, realizar uma grande manifestação contra o transporte clandestino de passageiros. Na prática, a categoria exige da Prefeitura fiscalização dos motoristas do Uber, que estão trabalhando mesmo com a proibição do aplicativo pelo Executivo. O ato na Capital acontecerá na quarta-feira (11/11), a partir das 9h, em frente ao Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste. Os quatro sindicatos da categoria representam, juntos, mais de 50 mil trabalhadores apenas em SP.

Os taxistas de São Paulo decidiram, nesta quarta (4/11), durante assembleia na Capital, realizar uma grande manifestação contra o transporte clandestino de passageiros. Na prática, a categoria exige da Prefeitura fiscalização dos motoristas do Uber, que estão trabalhando mesmo com a proibição do aplicativo pelo Executivo.  O ato na Capital acontecerá na quarta-feira (11/11), a partir das 9h, em frente ao Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste. Os quatro sindicatos da categoria representam, juntos, mais de 50 mil trabalhadores apenas em SP.

"O prefeito atendeu o pedido da categoria, mas a fiscalização precisa ser feita. Precisamos que as autoridades coloquem as coisas no seu devido lugar, como estabelece a lei”, afirmou o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra.

O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou, no começo do mês passado, a lei que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado de pessoas. O objetivo dele, porém, é regulamentar esta prática em um futuro próximo.

“O que nós estamos pensando não vale só para o Uber, não. É mais amplo. É como absorver essa nova tecnologia dentro da regulação da Prefeitura. A ideia é regular este tipo de tecnologia. Não vai proibir, mas ele vai regular. Só sobre determinadas condições os aplicativos serão aceitos”, afirmou Haddad, à época. O prefeito tem até o dia 8 de dezembro para explicar como isso deverá funcionar.

“Esse pessoal (motoristas do Uber) sai na clandestinidade e não paga nada. Muitos deles não têm qualificação, e as famílias não os conhecem. O cara coloca uma gravata e sai andando por aí de carro cobrando o transporte”, reclamou Bezerra.

"Não estamos pedindo novos benefícios ou reajuste salarial, queremos apenas que as leis sejam cumpridas. Nós, taxistas, estamos indignados com a falta de fiscalização e o desrespeito à categoria”, afirmou Edmilson Americano, presidente da Abracomtáxi (Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Motoristas de Táxis). 

Rigor

De acordo com o DTP (Departamento de Transportes Públicos), responsável pela fiscalização do transporte clandestino na Capital, cerca de 90 veículos foram guinchados, e seis apreendidos, desde agosto do ano passado. “Vou dar muito trabalho a esse pessoal do Uber e acho que os carros apreendidos deveriam ir para a delegacia, não para o pátio da Prefeitura”, afirmou o autor do projeto, o vereador Adilson Amadeu (PTB). “A lei é clara: nenhuma empresa pode se associar a esse transporte clandestino. Vou até o fim”, ameaçou o parlamentar, que vem acompanhando blitze contra os carros pretos.

Fonte: Diário de S.Paulo