Um cidadão belga que está atualmente na Síria é suspeito de ser o mentor dos ataques em Paris, que deixou ao menos 129 mortos na sexta-feira (13/11), de acordo com uma fonte próxima à investigação francesa.

"Abdelhamid Abaaoud aparenta ser o cérebro por trás de diversos ataques planejados na Europa", disse a fonte à Reuters.

De acordo com a rádio RTL, Abaaoud tem 27 anos e nasceu em Molenbeek, subúrbio de Bruxelas, lar de outros membros de uma célula de militantes islâmicos que supostamente realizou o ataque.

De acordo com a fonte francesa, o suspeito também teria vínculos com ataques frustrados a um trem de alta velocidade e a uma igreja na área da capital francesa.

Ao menos sete pessoas estão sob custódia policial na Bélgica suspeita de vínculos com os ataques, e há um mandado de prisão internacional contra um cidadão francês nascido na Bélgica.

Além do surgimento do nome de Abaaoud, a Procuradoria de Paris anunciou nesta segunda o nome de mais dois homens-bomba.

O homem que lançou o ataque suicida na casa de shows Bataclan foi identificado como Samy Amimour, um francês de 28 anos acusado em uma investigação de terrorismo de 2012.

Apesar de ter sido colocado sob supervisão judicial, acabou escapando do radar da polícia, que emitiu um mandado de prisão internacional.

Três pessoas da família de Amimour estão sob custódia policial desde a manhã desta segunda.

Um homem-bomba que se explodiu do lado de fora do Stade de France foi encontrado com um passaporte sírio com o nome de Ahmad Al Mohammad. De 25 anos, ele nasceu em Idlib.

O gabinete da Procuradoria afirmou que suas digitais correspondem às de uma pessoa que passou pela Grécia em outubro.

Alerta

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que 23 pessoas foram presas 168 operações durante a madrugada desta segunda-feira (16/11). Há também 104 pessoas em prisão domiciliar.

"É apenas um começo. Essas operações vão continuar, a resposta da nação será grande, total. Aqueles que atacarem a República, a República os capturará, será implacável."

As declarações foram feitas por Cazeneuve após o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, ter alertado para o risco de que novos ataques aconteçam na França e em outros países europeus em breve.

Fonte: informações da Folha de S.Paulo