A Prefeitura de São Paulo lançou um alerta recentemente sobre a iminência de um surto ainda maior de dengue atingir a capital no ano que vem. Se neste ano os casos confirmados passaram de 100 mil, a previsão da Secretaria de Saúde é de que a quantidade de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti chegue a 250 mil em 2016.
Para tentar conter o avanço da doença, a administração municipal prometeu investir pesado em ações de prevenção e combate ao inseto transmissor. Porém, todo mundo precisa fazer sua parte, já que a maioria dos focos são encontrados dentro das residências. Entre os dias 11 e 14 deste mês, agentes da Zoonoses visitaram 25.532 imóveis em que moravam pessoas que já tiveram dengue. Mesmo após o registro da doença nas casas, os técnicos encontraram 33.376 pontos possíveis de criadouros da larva do mosquito transmissor. Até o fim do mês, todas as moradias de quem já foi contaminado receberá a visita dos agentes de saúde. É importante que a população colabore com os profissionais e permitam sua entrada.
Antes comum apenas no verão, agora o Aedes aegypti sobrevive em todas as estações do ano. O mosquito se adapta rapidamente e, com isso, fica mais resistente às ações de combate, como o fumacê. O inseto está adaptado às temperaturas mais elevadas da madrugada, por isso também poderá agir mais ao anoitecer.
Dentro de casa, é importante colcoar areia em pratos de vasos de plantas. Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo, e as recicláveis, guardadas em local que não receba chuva. Latas, baldes, potes e outros frascos podem ser guardados, mas sempre com a boca para baixo, para não acumular água. As caixas d’água precisam ficar fechadas com tampas sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro. Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos, assim como lonas, aquários, bacias e brinquedos.
Falta d’água agravou o problema
Com a falta de chuva na capital e o consequente desabastecimento de algumas regiões, muita gente passou a estocar água dentro de casa, o que favorece a reprodução da larva do mosquito transmissor da dengue. Duas regiões abastecidas pelo sistema Cantareira, o mais crítico da capital, lideram o ranking de bairros com as maiores quantidades de casos da doença em 2015. Além da Brasilândia, na Zona Norte, com 12.118 notificações neste ano, o Butantã, na Zona Oeste, aparece com 6.490 casos de dengue desde janeiro.
Telas para caixas d’água
Uma das medidas de combate à proliferação da dengue anunciadas pela Prefeitura é a instalação de telas de caixas d’água nos bairros mais castigados pela doença neste ano. Também serão criadas tendas de atendimento na Capital.
Fonte: Diário de S.Paulo