O Carrefour vai transformar o hipermercado Pamplona, nos Jardins, em um shopping com 60 lojas, restaurantes e serviços, distribuídos em cinco andares.
Sem detalhar valores investidos, o grupo anunciou que o empreendimento deve abrir as portas no último trimestre de 2016 e terá perfil voltado para consumidores de renda mais elevada e moradores da região.
A reforma do prédio foi iniciada há duas semanas, segundo Fernando Lunardini, diretor-presidente do Carrefour Property Division no Brasil, área responsável pelos negócios imobiliários do grupo.
No térreo e no primeiro andar devem funcionar a nova loja do Carrefour, com 6.000 metros quadrados –2.000 a mais do que a unidade atual. A oferta de produtos importados deve ser ampliada com itens principalmente de marcas próprias que o Carrefour já tem fora do Brasil.
No primeiro andar, haverá continuidade da loja Carrefour, com itens não alimentares. Nesse piso deve funcionar uma loja da Tok&Stok.
"Será um empreendimento 100% do Carrefour", diz Lunardini. "É o maior investimento do grupo, no mundo, em um projeto único. Demanda uma quantia significativa de dinheiro por ser uma obra de engenharia complexa."
O segundo andar deve ser ocupado por lojas de moda e roupas. No próximo piso, deve funcionar uma praça de alimentação com 11 opções de redes de fast food e academia. Outback e Bio Ritmo são dois dos estabelecimentos que já assinaram carta de intenção com o grupo.
O empreendimento terá ainda um espaço aberto, com jardins, destinado a bares e restaurantes.
Outros projetos
Até o primeiro semestre de 2016, o grupo deve inaugurar também a nova loja do Carrefour no Cosmopolitano Shopping, no Cambuci. O shopping deve abrir até maio de 2017. O grupo francês é dono de 50% do shopping.
Na marginal Pinheiros, o Carrefour terá um terceiro shopping, em parceria com a Odebrecht, com previsão de abertura em dois anos. Além do hipermercado, haverá hotel, prédio comercial e galeria com lojas. Outros três shoppings devem ser anunciados.
Questionado sobre as incertezas políticas e o processo de impeachment da presidente Dilma, o executivo diz que "não há nenhum tipo de impacto nos investimentos do grupo no Brasil". E completa:
"Estamos no país há 40 anos e olhando para, no mínimo, os próximos 40. Não vai ser um evento que vai mudar a trajetória do grupo".
Fonte: Folha de S.Paulo