Na manhã deste domingo, 1º de maio, Dia do Trabalho, foi inaugurada a exposição fotográfica da União Geral dos Trabalhadores (UGT): “Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba”, em frente ao Conjunto Nacional, em São Paulo. A mostra faz parte da comemoração do Dia do Trabalho. Estão expostos 30 painéis medindo quatro metros de altura, por três de comprimento, com fotografias de grandes expoentes do samba e momentos históricos onde o ritmo contribuiu, de forma decisiva, para traçar novos caminhos para o trabalhador brasileiro. A bateria da escola de samba “Nenê de Vila Matilde” animou quem passava para prestigiar a exposição, que fica em cartaz até o dia 30 de maio.

Participaram da solenidade o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; o secretário de Organização e Políticas Sindicas da UGT e presidente do Sindicato dos Padeiros de SP, Francisco Pereira, o Chiquinho; o secretário Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Maurício Pestana; entre outras autoridades e lideranças da Central.

Patah disse que esse é o momento ideal de homenagear [samba] o ritmo genuinamente brasileiro. “Inauguramos a exposição valorizando a cultura de nosso País. Por meio do samba, são expressos os sentimentos do trabalhador, a sua luta e suas dificuldades. O ritmo foi fundamental para contar a história do povo. Temos certeza de que a UGT fez uma comemoração de 1º de Maio de luta: trazemos para os trabalhadores e trabalhadoras exemplos de que ficaram marcados na história”, comemorou.

Para Chiquinho, “essa é uma forma de valorizar o trabalhador através da música e, principalmente, do samba. Esses são exemplos de luta e que devem servir de exemplo em um momento de crise como o que estamos passando hoje. Muitos sambistas que fazem parte da mostra falavam de liberdade nas suas músicas em uma época que esse era um assunto quase proibido. São exemplos para os trabalhadores”, endossou.

De acordo com Maurício Pestana, o samba é símbolo de luta desde a sua existência. “O ritmo é o símbolo do Brasil dentro e fora do País. A economia do entretenimento, principalmente do samba, emprega milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Muitas famílias sobrevivem graças a ele, então nada melhor do que homenageá-lo neste 1º de Maio. Estamos muito felizes em fazer parte dessa exposição”, disse.

A exposição

Ícones do samba como Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Chico Buarque, Noel Rosa, Cartola, entre outros, ilustram com frases os painéis que podem ser vistos no meio fio da avenida, entre a rua Augusta e a Pamplona, por onde transitam 1,5 milhão de pessoas por dia segundo o Instituto Data Popular. O gari sambista do Rio de Janeiro também aparece na exposição.

A Prefeitura de São Paulo apoiou a iniciativa, com patrocínio da Petrobras, do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 40 anos, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

Programação

Durante o mês de maio, grupos de samba vão se apresentar aos domingos, na Paulista, saudando esses importantes nomes da música brasileira. No dia 15, às 14h, a animação ficará a cargo de Dayse do Banjo e Amigas do Samba, uma roda de mulheres que busca incentivar e incluir a participação da mulher no samba. E no dia 22 haverá a bateria da escola de samba “X9 Paulistana”.

A população pode fazer parte da exposição postando fotos nas redes sociais com a hashtag: #UGT100anosdosamba.

Fonte: informações da assessoria de imprensa da UGT