Parte das farmácias gratuitas Dose Certa estão fechadas. O motivo é a greve dos funcionários da Furp (Fundação para o Remédio Popular). Os dois serviços pertencem à gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Nas que estão abertas, há medicamentos em falta. A paralisação afetou a distribuição dos remédios, que é feita pela Furp.
No posto da estação Clínicas do metrô, um funcionário que pediu para não ser identificado disse ao Agora que os remédios do estoque acabariam em um dia. "Não estamos recebendo reposição e este posto é movimentado", disse o funcionário.
Na farmácia Dose Certa da Sé, a auxiliar de limpeza Luzia Lemos da Silva, 52 anos, não encontrou o remédio Ibuprofeno. "Vim com a receita e não achei o remédio que eu preciso. Vou tentar em outro posto", disse Luzia.
A cuidadora de idosos Isabela Macário, 48 anos, foi buscar o antidepressivo amitripitilina, mas não achou. "Tomo cinco comprimidos por dia. Tenho remédio suficiente para mais três dias, senão dfico sem dormir", falou a cuidadora.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), diz que apesar da greve dos funcionários da Furp (Fundação para o Remédio Popular) não faltarão remédios nas farmácias Dose Certa.
"Os medicamentos captopril, ibuprofeno e amitripitilina e outros estão disponíveis nas farmácias Dose Certa e há estoque suficiente para no mínimo 30 dias", disse a secretaria por meio de nota.
Segundo a secretaria, as unidades da Vila Mariana e da Saúde paralisaram suas atividades às 12h porque funcionários aderiram à greve do Sindicato dos Químicos.
"A paralisação total do atendimento caracteriza descumprimento de uma decisão judicial que impede o Sindicato de estimular a interrupção das atividades por parte dos profissionais", afirma a nota da secretaria.
Em relação ao funcionamento da farmácia da estação Ana Rosa, o governo disse que o atendimento da unidade foi transferido para outras farmácias Dose Certa.
O motivo, segundo a secretaria, é a baixa demanda constatada no local.
"Trata-se de uma medida de gestão que prevê o uso racional dos recursos e serviços", disse a secretaria na nota.
Fonte: Agora São Paulo