Grupos estrangeiros estudam comprar a Oi após recuperação :: 22/06/2016 (12:12:38)
A Oi nem bem começou a montar seu plano de recuperação e já se depara com turbulências. Quem trabalha com isso na companhia acredita que, agora, será mais fácil negociar com credores e sair do...

A Oi nem bem começou a montar seu plano de recuperação e já se depara com turbulências. Quem trabalha com isso na companhia acredita que, agora, será mais fácil negociar com credores e sair do buraco. Mas há também quem defenda a entrada de um novo investidor que traga, pelo menos, R$ 8 bilhões em dinheiro novo.

A Folha apurou que existem conversas –ainda não oficiais– entre acionistas e um grupo formado por um operador e investidores financeiros estrangeiros. A reportagem ainda não obteve os nomes. Esse grupo entraria como acionista, desde que a renegociação com os credores fosse bem-sucedida.

A reportagem também apurou que o bilionário egípcio Naguib Sawiris está interessado na compra do controle da Oi. Ele também pretende fazer negócio depois de concluída a renegociação entre a operadora e seus credores.

Mas pessoas próximas a ele afirmam que ele também poderia apresentar uma proposta simultaneamente à renegociação. Para ele, não faria sentido uma oferta de compra caso os credores não dessem menos de 65% de desconto no valor da dívida da companhia.

Em janeiro de 2014, Sawiris afirmou à Folha que pretendia adquirir a TIM, em um momento em que na matriz –a Telecom Italia– uma parte do conselho de administração queria vender a TIM e outra resistia. Hoje, o cenário mudou completamente.

O conselho da Telecom Itália tem maioria do grupo de mídia francês Vivendi, que estuda vender a TIM em um cenário mais vantajoso.

Sawiris, ainda segundo apurou a reportagem, gostaria de propor uma fusão entre a Oi e a TIM. Para ele, dinheiro não é um problema. Ele é o segundo homem mais rico do Egito e comanda a Global Telecom, empresa formada pela fusão da Orascon, de sua família, com a russa Vimpelcom.

Sawiris não retornou até o fechamento desta edição.

Os planos do empresário egípcio não são diferentes do bilionário russo Mikhail Fridman que, antes da recuperação judicial da Oi, propôs se tornar seu maior acionista colocando até US$ 4 bilhões na companhia desde que ela se fundisse com a TIM. Mas a Oi não conseguiu convencer a Telecom Italia, que via no endividamento da companhia um grande problema.

A Oi diz que está focada na elaboração do seu plano de recuperação e que não recebeu nenhum contato de interessados em comprá-la ou se tornar acionista.

Fonte: informações da Folha de S.Paulo