População reage a impeachment com choro, fogos e buzinaços :: 31/08/2016 (16:09:33)
A população reagiu ao impeachment de Dilma Rousseff nas ruas do País. Logo após a votação do Senado, no início da tarde desta quarta-feira (31/8), houve buzinaços no Morumbi e em Higienópolis...
Publicado em: 31/08/2016

A população reagiu ao impeachment de Dilma Rousseff nas ruas do País.

Logo após a votação do Senado, no início da tarde desta quarta-feira (31/8), houve buzinaços no Morumbi e em Higienópolis, bairros nobres de São Paulo. Na Vila Madalena, fogos de artifício foram soltos. No Mercadão, no centro, pessoas comoraram a cassação.

Em Brasília, militantes que acompanharam a votação no Palácio do Alvorada lamentaram a destituição de Dilma

Em Porto Alegre, foram ouvidos buzinaço e foguetório em bairros nobres como Bela Vista e em Moinhos de Vento, onde ocorreram protestos organizados pelo Movimento Brasil Livre e Vem Para Rua ao longo do último ano.

Em Fortaleza, cidade que elegeu Dilma Rousseff com mais de 70% dos votos válidos em 2014, moradores de vários bairros relataram ouvir fogos de artifício logo após o resultado na votação no Senado. Na noite anterior, o protesto a favor da petista contou com poucos participantes.

Foram ouvidos buzinaços e foguetórios no centro de Belo Horizonte e, de forma rápida, na região central do Recife.

No interior de São Paulo também houve manifestações após a confirmação do impeachment de Dilma Rousseff. Em Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto e Campinas houve foguetório. Buzinaços também foram registrados nas duas primeiras cidades.

Paulista

No momento em que os senadores votavam pela cassação de Dilma, cerca de 50 manifestantes que estão acampados desde 16 de março na frente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) acendiam velas sobre um bolo com a bandeira do Brasil desenhada à base de baunilha e chocolate.

Gritavam "Fora, Dilma", "Lula na prisão" a cada semáforo fechado naquele ponto da avenida Paulista.

A resposta vinha dos carros cujas buzinas eram acionadas efusivamente.

Aquele trecho da Paulista foi batizado pelos manifestantes como o QG do impeachment desde que o processo foi aberto no Congresso.

"A gente cantou o hino nacional e acendeu as velas sobre o bolo. Foi para cantar parabéns para a população brasileira por este dia", disse o técnico em sonoplastia Pietro Franchi, 26, que acampa ali desde 26 de março.

Fonte: Folha de S.Paulo