Sindicalistas acompanham início dos trabalhos nas comissões das reformas :: 17/02/2017 (11:54:55)
Dirigentes sindicais estiveram de prontidão em Brasília desde terça (14), para acompanhar o início dos trabalhos nas Comissões Especiais da Câmara dos Deputados que tratam das reformas...
Publicado em: 17/02/2017

Dirigentes sindicais estiveram de prontidão em Brasília desde terça (14), para acompanhar o início dos trabalhos nas Comissões Especiais da Câmara dos Deputados que tratam das reformas da Previdência e trabalhista.

Como as reuniões eram administrativas, para aprovação de requerimentos e agenda de trabalho, os trabalhadores não tiveram espaço para falar. Porém, marcaram presença com cartazes e corpo a corpo com os parlamentares, demonstrando que vai haver resistência às propostas que visam a retirada de direitos.

A Rádio Web Agência Sindical conversou por telefone na quarta (14) com Maria Euzilene Nogueira (Leninha), diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. A sindicalista denunciou que houve restrições impostas à entrada de sindicalistas nos locais de reunião das comissões. "Pela vontade do relator da reforma da Previdência, só os deputados da comissão, dois assessores e a imprensa poderiam comparecer”, contou.

Nesta quinta (16), a Agência Sindical falou com Carlos Augusto dos Santos (Carlão), que confirmou as dificuldades. "Os dirigentes das comissões restringiram o acesso aos plenários. Somente um deputado, acompanhado por um assessor, podia entrar. Eles bloquearam todas as entradas com o apoio da polícia legislativa. É um absurdo", reclama.

Para Carlão, se não houver uma grande mobilização de todos os trabalhadores, o governo vai atropelar. "Temos que mobilizar todos, independente de categoria. Só uma mobilização nacional, com o povo nas ruas pode barrar essas reformas. Caso contrário, estaremos retrocedendo 40 anos, com essas reformas", afirma o dirigente.

Mobilização - Miguel Torres, presidente da Confederação dos Metalúrgicos (CNTM) participou nesta manhã de evento na Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro. O encontro faz parte da articulação em torno das manifestações contra as reformas neoliberais.

"Nós precisamos unir forças e tentar barrar essas reformas que estão em curso no Congresso, a qualquer custo. Se uma grande mobilização, não há dúvidas que os trabalhadores perderão muito", ressalta Miguel.

Fonte: Agência Sindical