A participação dos medicamentos genéricos no mercado brasileiro está se aproximando do patamar observado nos Estados Unidos e na União Europeia, disse nesta quinta-feira o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa. Ao apresentar o balanço anual da indústria farmacêutica, ele informou que o volume de medicamentos genéricos e similares no Brasil representou 63% das vendas totais em 2016. Nos EUA e na Europa, onde os genéricos existem há mais tempo, a média é de 65%.
Os medicamentos similares também são considerados genéricos. A única diferença é que os similares têm uma marca própria, enquanto que os genéricos só podem exibir o nome da substância ativa. O preço médio dos genéricos é pelo menos 35% inferior aos medicamentos de referência. Por esse motivo, a fatia dos genéricos e dos similares no faturamento da indústria é menor. No ano passado, ficou em torno de 35%.
Faturamento
Em 2016, a indústria farmacêutica nacional faturou R$ 63,5 bilhões, segundo a Anvisa. Durante todo o ano passado, foram comercializadas 4,5 bilhões de embalagens de produtos farmacêuticos. De acordo com a agência, o destaque do exercício foi a venda de medicamentos novos, produzidos com princípios ativos sintéticos ou semissintéticos. Esse grupo representou um montante de R$ 25 bilhões em vendas em 2016, 39,4% do total de vendas registradas no período.
Entre as 20 empresas com maior faturamento, oito são brasileiras, sendo duas estatais, a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan. As empresas detentoras de registro para fabricação de produtos farmacêuticos estão distribuídas geograficamente em 14 estados.
Os dados apresentados apontam que os principais canais de distribuição de medicamentos são as empresas de comércio atacadista (68%), seguidas por farmácias e drogarias (17%). A União, Estados e Municípios representam o terceiro principal comprador, com 9%.
As informações constam da segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, elaborado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
Fonte: Valor Econômico