A Prefeitura de São Paulo cancelou a reunião, marcada para esta quarta-feira (20), que definiria o patrocinador do carnaval de rua paulistano pelos próximos dois anos.
A abertura dos envelopes com as propostas das interessadas aconteceria nesta tarde, na sede da Secretaria das Prefeituras Regionais, Centro da cidade, mas foi suspensa pela falta de representantes legais das empresas no evento. Não há uma nova data para o processo ser retomado.
O vencedor da disputa – aquele que oferecer o maior lance – vai operar integralmente o carnaval de rua em 2018 e 2019, e ficará encarregado, por exemplo, de credenciar os produtos e os promotores de venda e executar a estrutura e os serviços médicos e de varrição da folia.
Do valor do lance, 75% vão ser destinados ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUNCAD) e outros 25% ao Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais (FEPAC).
Em 2018, de acordo com a Prefeitura, 510 blocos vão às ruas em 557 desfiles programados para acontecer entre os dias 3 e 18 de fevereiro. A estimativa é de um público de aproximadamente 4 milhões de pessoas.
Para o carnaval de rua deste ano, que contou com a participação de 381 blocos, a gestão Doria anunciou que o patrocínio da iniciativa privada foi fixado em R$ 15 milhões - valor mais de quatro vezes maior do que os R$ 3,5 milhões recebidos em 2016.
O patrocínio deste ano, porém, foi alvo de contestação do Ministério Público, que pediu a condenação e a suspensão dos direitos políticos de três secretários municipais: André Sturm, da Cultura, Júlio Semeghini, de Governo, e Bruno Covas, que à época, além de vice-prefeito, era chefe da pasta das Prefeituras Regionais.
Segundo o órgão, o trio interferiu na licitação que definiu a parceira da Prefeitura na folia. Eles são acusados de orientar a Dream Factory, agência de eventos contratada pela Ambev, a fazer alterações na proposta e, desta forma, bater a concorrência. A gestão Doria nega qualquer direcionamento no processo.
Fonte: G1