O prefeito Bruno Covas (PSDB) vai anunciar nesta segunda-feira (9/4) mudanças no comando das secretarias e em órgãos da Prefeitura de São Paulo. Doria deixou o cargo na sexta-feira após ficar 15 meses como prefeito de São Paulo, e Covas assumiu. Em seu primeiro discurso oficial após receber o bastão para administrar a cidade, Covas disse que vai dar continuidade às promessas de João Doria. Veja as mudanças:

O portal de notícias G1 apurou que entre as mudanças estão a saída do secretário Sérgio Avelleda, dos Transportes, e a ida do secretário Marcos Penido, de Obras e Infraestrutura Urbana, para a Secretaria das Prefeituras Regionais. Covas vai oficializar o anuncio na tarde desta segunda.

Penido entrará no lugar de Claudio Carvalho, que deixou o cargo para participar da campanha de João Doria nas eleições para governador.

A secretaria de Obras ficará com Victor Aly, que já atuou na CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional) e foi assessor especial de Mário Covas quando era governador.

Na Secretaria dos Transportes, no lugar de Avelleda, o G1 apurou que vai entrar João Octaviano, que era o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Avelleda deve na gestão dando orientação técnica e apoio.

Milton Persoli será o novo presidente da CET.

Para a Casa Civil, pasta que era comandada pelo próprio Bruno Covas quando era vice-prefeito, os nome cotado é o do vereador Eduardo Tuma.

Pronunciamento

Ao contrário de Doria, Covas fez questão de ressaltar que é político em seu discurso. O tucano também prometeu retomar as obras dos CEUs (Centro de Educação Unificada) paralisadas desde a mudança de governo e bandeira petista.

"Na Prefeitura tivemos uma mudança de piloto, mas o rumo, a direção, a rota continuam os mesmos. Portanto, perseguiremos aquilo que foi pactuado para a população nas eleições de 2016", afirmou.

Ele iniciou seu discurso dizendo que tem uma dívida com a cidade de São Paulo pela formação acadêmica e pelos votos que o elegeram para assumir três mandatos: dois como deputado estadual e um deputado federal.

"Tenho pressa serão apenas 33 meses para pagar a minha divida de gratidão", afirmou, lembrando que é preciso arrecadar recursos e ter uma equipe competente. "Assumi esse cargo, esse encargo, consciente da gravidade, da responsabilidade e do peso dessa tarefa", declarou.

Durante seu pronunciamento, Bruno fez questão de elogiar os 15 meses de gestão do ex-prefeito citando alguns projetos entréguas como CTAs, corte de gastos administrativos e o programa City Câmeras.

Bruno deixou claro que a meta da sua gestão será privatizar e conceder os equipamentos e serviços públicos. Além disso, afirmou que irá concluir a criação de 85 mil vagas em creches em 4 anos da gestão tucana, colocar a cidade no topo do Ideb, finalizar obras do Hospital da Brasilândia, 7 UBSs, ampliar o programa Wi-Fi livre, contratar novas equipes de saúde de família da saúde, fazer o prontuário eletrônico dos pacientes.

Bruno citou a questão política e disse que não vai permitir que as eleições interfiram na sua gestão. "Essa administração não será contaminada por questões eleitorais e exigirá a mesma contrapartida dos outros entes participativos", declarou.

No término do discurso, Bruno citou seu avô Mário Covas e uma citação que ele fez no pronunciamento quando assumiu a Prefeitura em 1983.

Fonte: G1