Os petroleiros realizam amanhã (30) um greve nacional de advertência, que terá duração de 72 horas. A categoria cobra a redução do valor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, além da manutenção dos empregos e a retomada da produção interna de combustíveis.
A Federação Única dos Petroleiros informou, em nota, que “a greve de advertência é uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve nacional por tempo indeterminado”. Como parte da mobilização e em apoio à greve dos caminhoneiros, ocorreram atos e mobilizações em todo o sistema Petrobras na segunda (28).
O Sindipetro Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) realizou paralisações na Replan, em Paulínia, e na Recap, em Mauá. O movimento ocorreu no início dos turnos da manhã, com o corte de rendição, ou seja, o grupo de petroleiros que começou a jornada na noite de domingo (27) permaneceu dentro das refinarias até o fim do protesto.
Nos últimos dias, a direção do Sindicato percorreu diversas unidades para conversar com os trabalhadores sobre a importância do engajamento de todos na greve e as consequências do avanço da política de privatização do governo e da cúpula da empresa.
“O aumento do combustível é consequência da política de desinvestimento da Petrobras, que deixa de produzir nas refinarias para importar o produto e liberar os preços", afirma Cibele Vieira, diretora do Unificado e da FUP.
O coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, destaca que o governo reduziu a operação das refinarias “e isso fez com que o Brasil passasse a importar 30% de todos os derivados que consome”. “Queremos que a política de preços seja revista, que seja imediatamente suspensa a privatização e que Pedro Parente deixe a presidência da Petrobras”, diz.
Fonte: Agência Sindical