Mercado espera avanço menor do PIB em 2018, de 2,18% :: 04/06/2018 (13:57:57)
Após os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na semana passada, o mercado financeiro reduziu suas projeções de crescimento da economia em 2018. A...

Após os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na semana passada, o mercado financeiro reduziu suas projeções de crescimento da economia em 2018. A expectativa de alta para o PIB este ano foi de 2,37% para 2,18% no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 2,70%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 3%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.

Na quarta-feira passada, dia 30, o IBGE informou que o PIB cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano ante o quarto trimestre do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, houve alta de 1,2%.

A projeção atual do BC, já passível de atualização, é de alta de 2,6% para o PIB em 2018. O Ministério da Fazenda trabalha com um porcentual de 2,5%.

No relatório Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2018 seguiu indicando alta de 3,80%. Há um mês, estava em 3,81%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,50%, igual ao verificado quatro semanas antes.

A pesquisa mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 55%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2019, a expectativa permaneceu em 57%, também igual ao verificado um mês atrás. 

Inflação. Os economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para a inflação de 2018. A mediana para o IPCA este ano foi de 3,60% para 3,65%. Há um mês, estava em 3,49%. Já a projeção para o índice em 2019 passou de 4,00% para 4,01%. Quatro semanas atrás, estava em 4,03%.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 no Focus seguiu em 3,24%. Para 2019, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,75%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,40% e 4,00%, respectivamente.

Em 10 de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) havia informado que o IPCA subiu apenas 0,22% em abril, abaixo do que era esperado pelo mercado. No acumulado do ano, o índice de preços avançou 0,92%.

Também com influência sobre as projeções de inflação do mercado, o dólar à vista acumula alta de 13,43% em 2018. Em meio ao avanço do dólar, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano no dia 16 de maio.

Há duas semanas, um novo fator começou a pesar sobre as projeções de preços: a greve dos caminhoneiros, que provocou desabastecimento em todo o País, com influência sobre os preços e a atividade.

Fonte: Estado de S.Paulo