Pesquisa presidencial do Datafolha realizada anteontem (3) e ontem (4) mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança isolada do primeiro turno com 35% das intenções totais de voto. Em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto feito no dia 2, ele avançou três pontos. Fernando Haddad (PT) marca 22%, depois de oscilar um ponto para cima.

Em votos válidos (conta que desconsidera votos em branco e nulos), Bolsonaro tem 39%; Haddad registra 25%. Para encerrar a eleição no primeiro turno, um candidato precisa de mais de 50% dos votos válidos.

Num segundo pelotão da disputa, conforme o Datafolha, estão Ciro Gomes (PDT), com 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%. Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, trata-se de uma situação de empate técnico entre o pedetista e o postulante tucano.

O terceiro pelotão da corrida presidencial reúne os candidatos com menos de 5% das intenções totais de voto. Marina Silva (Rede) tem 4%; João Amoêdo (Novo), alcança 3%; Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), 2% cada um. Cabo Daciolo (Patriota) tem 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

A pesquisa foi finalizada a três dias da eleição, marcada para o domingo (7). O Datafolha apurou que as intenções de voto em branco ou nulo são 6%. Outros 5% não souberam responder.

O instituto também fez simulações de segundo turno. No cenário mais provável, de uma disputa final entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, o resultado apurado foi um empate técnico, com ligeira vantagem para o candidato do PSL. Bolsonaro tem 44% ante 43% de Haddad. Votos em branco ou nulos, nesse caso, somam 10%, outros 2% dos eleitores não souberam responder.

Nos testes de confronto direto, apenas um candidato vence Bolsonaro com uma vantagem acima da margem de erro: Ciro Gomes. Nessa simulação, o placar apurado foi 48% a 42% para o pedetista. Nos últimos dias, esse diferencial virou argumento para Ciro, que almeja conquistar os chamados votos úteis dos eleitores que rejeitam Bolsonaro.

Num segundo turno entre Bolsonaro e Alckmin, a situação também seria de empate técnico. Nesse caso, porém, a vantagem mínima seria favorável ao candidato tucano: 43% a 42%.

O Datafolha simulou ainda um improvável segundo turno entre Alckmin e Haddad. Deu empate técnico no limite máximo da margem de erro: 42% a 38% a favor do tucano.

As taxas de rejeição dos dois principais concorrentes permanecem estáveis. Bolsonaro voltou a marcar 45%. Haddad oscilou de 41% para 40%. São os dois nomes mais rejeitados da disputa.

Marina Silva é a terceira mais rejeitada, com 28%; Alckmin tem 24%; Ciro Gomes, 21%.

O Datafolha fez 10.930 entrevistas, contratadas pela TV Globo e "Folha de S. Paulo". O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o código BR-02581/2018.

Fonte: Valor Econômico