Seminário internacional da UGT debate sindicalismo contemporâneo :: 29/04/2014 (08:51:55)
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com a CESIT/UNICAMP (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas)

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com a CESIT/UNICAMP (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas), promoveu, na manhã desta segunda-feira (28/44), a abertura dos trabalhos do Seminário Internacional sobre Sindicalismo Contemporâneo. O evento, que visa promover uma reflexão sobre a luta da classe trabalhadora e o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, vai até dia 29 no Novotel Center Norte, na Capital paulista.

Com o auditório lotado, o seminário contou com a presença de mais de mil dirigentes e assessores sindicais de diversas categorias profissionais, de diversos Estados, além de autoridades políticas e representantes de setores da sociedade. Vários dirigentes comerciários, sob a liderança do presidente Luiz Carlos Motta, da Fecomerciários, prestigiaram o evento.

Participaram da mesa de abertura: presidente da UGT, Ricardo Patah;  presidente Motta, da Fecomerciários; Manuel Dias, ministro do Trabalho e Emprego; senador Eduardo Suplicy; prof. Anselmo Luís dos Santos, coordenador do CESIT/UNICAMP; deputados federais e vice-presidentes da UGT, Ademir Camilo, Roberto Santiago, Roberto de Lucena, João Eduardo Dado e Lourival Mendes; o deputado estadual e vice-presidente da UGT, Davi Zaia; Canindé Pegado, secretário-geral da UGT; Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Politicas Sindicais da UGT; José Moacyr, secretário de Finanças da UGT; Clemente Ganz, diretor técnico do DIEESE; Antônio Augusto Queiroz, diretor de documentação e cientista político do Diap; Artur Henrique, secretário municipal do Trabalho; Francisco Gerson Marques, coordenador do Conalis/TEM; desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do TRT 2ª Região; César Augusto Mello, presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB; prof. Luiz Alberto de Souza Aranha, vice-diretor da FAAP; Cassia Bufelli, secretária da Mulher da UGT, entre outros.

Em seu discurso, Patah ressaltou que o evento não se trata exclusivamente de financiamento da estrutura sindical, mas lembrou que é com essa autonomia que muitas instituições sindicais cumprem seu papel de lutar pelo avanço dos direitos da classe trabalhadora, mas também acabam por prestar serviços assistenciais que, na maioria dos casos, busca suprir lacunas deixadas pelo poder público, como aqueles que oferecem serviços médicos e odontológicos." Estamos buscando um processo de debate de alta qualidade entre o movimento sindical, trazendo especialistas de vários países para aprofundar esse debate, pois quando pensamos em sindicalismo, o movimento sindical vem sendo duramente atacado pela grande imprensa e pelos empresários, o que faz com que a sociedade tenha uma percepção muito diferente da realidade da nossa representação, uma vez que nossos pilares são fortes, mas precisamos aprimorá-los", explica Patah.

Segundo o ministro do Trabalho, Manuel Dias, este evento promovido pela UGT e a UNICAMP é fundamental, pois na medida em que avança a tecnologia e inovação, os trabalhadores não podem ser prejudicados, pois a precarização vem junto com isso e esse tipo de discussão cria uma resistência e uma nova proposta para as relações de trabalho. "Esses eventos precisam ser acompanhados do conhecimento, para se capacitar e qualificar para poder impedir a alegação de que a inovação é inevitável e, com isso, se precarize o trabalho".

Suplicy enfatizou que este é um ato muito importante, primeiramente porque nesta semana se comemora o Dia do Trabalhador, e porque este é um seminário internacional para a reflexão sobre a situação da classe trabalhadora de hoje no Brasil e no mundo.

O ex-ministro Henrique Meireles salientou que esta é uma grande celebração do 1º de Maio, pois é um evento que comemora o Dia do Trabalhador com trabalho. "É isso que se espera de uma entidade que representa a classe trabalhadora do país", afirmou.

O seminário terá seis mesas de debates: Trabalho no capitalismo contemporâneo; Trabalho e desigualdades; Movimentos sociais; Sindicalismo no capitalismo contemporâneo; Tendências das relações de trabalho e impactos na organização sindical; Sociedade, economia e trabalho: a visão dos trabalhadores.

Vítimas de acidentes de trabalho

Durante o seminário, a UGT reservou um espaço destinado a lembrar os trabalhadores e trabalhadoras que foram vítimas de acidentes de trabalho. A data lembrada neste dia 28 é um momento de reflexão e fortalecimento da luta das entidades sindicais que desenvolvem diversas ações pelo "Fim das Mortes no Trabalho".