Audiência pública vai debater piso regional :: 12/12/2013 (10:57:45)
As centrais sindicais vão promover em parceria com a Assembleia Legislativa uma audiência pública na segunda-feira para discutir a proposta de reajuste do piso regional no estado de São Paulo.

As centrais sindicais vão promover em parceria com a Assembleia Legislativa uma audiência pública na segunda-feira para discutir a proposta de reajuste do piso regional no estado de São Paulo.

Em reunião realizada nesta terça na capital, os sindicalistas reafirmaram a decisão que já tinha sido tomada em favor de um aumento de 17,78% para o salário mínimo paulista e voltaram a questionar o índice de 7,18% proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no projeto de lei encaminhado aos deputados estaduais.

A intenção dos representantes das centrais é conquistar apoio político na Assembleia para o reajuste maior. O presidente estadual da Força Sindical, Danilo Pereira da Silva, disse que a correção da proposta pode ser demonstrada tecnicamente ao governo.

Os 17,78% reivindicados foi estimado com base numa fórmula do Dieese que leva em conta a inflação medida pelo INPC, a evolução do PIB (Produto Interno Bruto) do estado e o custo da cesta básica na cidade de São Paulo.

Com esse aumento, a primeira faixa do mínimo estadual passaria de R$ 755 para R$ 889,25.

Para os sindicalistas, a reivindicação se justifica pelo tamanho da economia paulista. “São Paulo tem um dos menores pisos regionais do país, embora seja o estado brasileiro mais rico. É importante corrigir essa distorção”, disse Danilo.

Com a audiência pública, os dirigentes das centrais acreditam ser possível abrir a discussão sobre o tema e ganhar apoio política ao reajuste maior. A audiência pública foi marcada pelo deputado estadual Antônio de Sousa Ramalho (PSDB), ligado à Força Sindical.

As chances de a proposta obter sucesso são poucas. Alckmin tem maioria na Assembleia. Caso a proposta do governador seja aprovada, a primeira faixa do mínimo estadual passaria dos atuais R$ 755 para R$ 810, já levando em conta o arredondamento do valor. O segundo grupo de profissionais beneficiados pelo mínimo teria a remuneração reajustada de R$ 765 para R$ 820.

Já a terceira faixa salarial teria o ganho elevado de R$ 775 para R$ 830, também arredondados.

O piso salarial regional é voltado para trabalhadores da iniciativa privada que não têm valor definido por convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Fonte: Diário de S. Paulo