Moção de Repúdio da UGT- SP a contrato de curta duração na Copa do Mundo :: 30/05/2014 (11:00:32)
Os 650 dirigentes sindicais presentes à fundação da União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (UGT-SP), dia 23 de maio de 2014, sexta-feira, na cidade de São Paulo, apoiaram, por unanimidade, a primeira medida tomada pelo presidente eleito e empossado no cargo

Os 650 dirigentes sindicais presentes à fundação da União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (UGT-SP), dia 23 de maio de 2014, sexta-feira, na cidade de São Paulo, apoiaram, por unanimidade, a primeira medida tomada pelo presidente eleito e empossado no cargo na mesma data, Luiz Carlos Motta, que tem, em seus princípios, a preservação dos diretos trabalhistas da classe trabalhadora, ainda mais mediante as realizações da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas.

A plenária, ainda estarrecida com a recente notícia de que há em curso um tipo de contrato de trabalho que retira direitos e estabelece jornadas mínimas e com proposta de expedientes diferenciados aos sábados, domingos, feriados e nos dias de semana (mediante tratativa antidemocrática entre a presidenta Dilma Rousseff e representantes do Instituto do Desenvolvimento do Varejo), uniram esforços e deram à UGT-SP o melhor início que a ela poderia ter sido conferido: repudiar a famigerada proposta em defesa da valorização do trabalhador, das suas integridades física e moral, bem como da humanização dos locais do trabalho.

Assim exposto, em com pleno respaldo da União Geral dos Trabalhadores Nacional, presidia por Ricardo Patah, o auditório do Hotel Braston, lotado pelos verdadeiros e pelas verdadeiras representantes dos trabalhadores brasileiros, bradaram pelo estabelecimento imediato de um diálogo entre a presidenta Dilma Rousseff, empregadores e Centrais Sindicais para que as partes envolvidas exponham suas posições e, juntos, cheguem a um consenso em nome do bem-estar da classe trabalhadora. A UGT-SP fez do 23 de maio de 2014 mais uma ação de reafirmação da luta incondicional pela preservação da mão de obra nacional. Nossas atenções, pressões e poder de mobilização estão a postos a fim de que sejamos convocados e ouvidos pelo Governo Federal e, simultaneamente, pela classe patronal com o objetivo de buscarmos o consenso.

Reafirmamos nesta Moção de Repúdio nosso combate à informalidade e defesa intransigente da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Igualmente, somaremos esforços para promover, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, ações de fiscalização empregadas neste sentido. Somos signatários da adoção do Trabalho Decente no Brasil e contamos com um movimento sindical sério, organizado, preparado para que haja contratações na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, mas admissões formais. Também vamos estimular denúncias para que os órgãos competentes tomem as devidas providências para que a vida dos nossos trabalhadores e das nossas trabalhadoras não seja de curta duração; o que na verdade sugere a nova proposta, cujo foco é o lucro e a precarização do trabalho.

Ricardo Patah

Presidente da UGT Nacional

Luiz Carlos Motta

Presidente da UGT-SP