Trabalhadores e donos de supermercados de Campo Grande/MS não chegaram a um acordo salarial para fechar a Convenção Coletiva de Trabalho 2014/15, que já deveria estar em vigor desde 1º de abril. Depois de seis rodadas de negociação infrutíferas, patrões e empregados sentam mais uma vez, dia 30 de julho, para tentar chegar a um acordo. Se não fecharem nos índices reivindicados pelos trabalhadores, a categoria pretende partir para dissídio coletivo, informa Idelmar da Mota Lima, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande (SECCG), que está à frente das negociações.
Os empresários, segundo Idelmar, insistem em oferecer apenas 6,5% de reposição salarial, que daria pouco mais de meio por cento de ganho real, uma vez que o acumulado da inflação no período foi de 5.81%.
Os empregados querem 8% de reajuste, para todos os níveis, caso contrário vão para dissídio coletivo, informa o SECCG.
Sem chegar a um acordo esta semana, as duas categorias marcaram para 30 de julho uma nova rodada de negociação, para tentar chegar a um acordo e fechar a CCT 2014/15. “Se os empresários não aceitarem os 8% que estamos propondo, não haverá mais negociação, vamos para dissídio coletivo”, afirma o sindicalista.
Idelmar lamentou a falta de vontade dos empresários de aprovarem um reajuste melhor e mais digno para a classe trabalhadora. Ele lembra que o faturamento do setor é grande e que seria justo conceder um aumento melhor para os funcionários de supermercados de Campo Grande.
Nelson Benites, vice presidente do SEC/CG, que também participou das últimas tentativas de negociação com os supermercadistas, também mostrou-se indignado com os empresários que insistem em não reconhecer a força do trabalho de seus empregados. “Eles merecem salários mais dignos e aumento real em seus vencimentos”, afirmou o sindicalista.
A ação dos empregados no comércio tem o apoio da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS e da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul.
Fonte: Assessoria de imprensa da Força Sindical-MS.